27 julho 2011

Saudação a António José Seguro, novo Secretário-Geral do Partido Socialista

SAUDAÇÃO A
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO PELA SUA ELEIÇÃO
COMO SECRETÁRIO – GERAL DO PARTIDO SOCIALISTA



Caro António José Seguro,

A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN saúda-te fraternalmente pela tua eleição como Secretário – geral do Partido Socialista certa que ela representa, não só, a vitalidade democrática do nosso Partido como, a partir deste momento, que está criada a primeira e principal condição para que a nossa oposição ao Governo PSD/CDS seja assumida na plenitude da acção politica.

Caro Camarada,

Estamos convencidos que os portugueses e as portuguesas necessitam de um Partido Socialista responsável mas forte e combativo para enfrentar e vencer, em nome dos valores do Socialismo Democrático, a política da Direita que – como sucedeu há poucos dias com a aprovação do injusto e escandaloso imposto extraordinário sobre o Subsidio de Natal aos trabalhadores por conta de outrem - irá muito para além dos ditames impostos pela Tróika ao Estado Português.

Caro Secretário – Geral,

Queremos transmitir-te que os sindicalistas socialistas da CGTP-IN estarão a teu lado na primeira linha do combate político e social na defesa do Estado Social e dos serviços públicos universais, solidários e de qualidade; do investimento público e do desenvolvimento sustentado; da partilha da riqueza e da Justiça e Bem-estar Social; da evolução da União Europeia numa perspectiva cada vez mais solidária e de harmonização no progresso entre os Estados e os Povos.

Conta connosco, camarada!

Com Cordiais Saudações Sindicais e Socialistas


Lisboa, 25 de Julho de 2011

O Secretariado Nacional

25 julho 2011

E sindicalmente, como vamos?



Por Manuel Pereira dos Santos


Traços de caracterização da situação:

1. Crise económica global


• Ataque financeiro (e das agências de rating… ao “serviço” de quem?) aos países mais frágeis (PIIGS)… quase todos do sul da Europa;


• Incapacidade da Europa, durante 18 meses (até agora) de desenvolver uma estratégia colectiva de defesa solidária destes países, no âmbito da defesa do euro; [Obs: um primeiro passo terá sido dado na cimeira da passada 6ª feira?]


• Estratégias “nacionais” (e descoordenadas!), quer dos países mais fortes (Alemanha, frança), quer dos que são atacados: os irlandeses diziam que não eram gregos, os portugueses nem eram irlandeses nem gregos, os espanhóis nenhuns dos anteriores (quando, pelo contrário, nos deveríamos ter reivindicado como sendo todos gregos, irlandeses, portugueses, espanhóis, italianos, belgas, franceses… ingleses!...); infelizmente, os sindicatos muito pouco fizeram de diferente a nível desta falta de solidariedade internacional!


• Só agora a Europa parece começar a reagir, quando são países já grandes (Itália, Espanha… talvez França) a serem atacados na dívida externa ou soberana…

2. Em Portugal: neste tempo, tivemos o acordo com a tróika, e mudámos de governo:


• Este governo, em menos de 1 mês, já quer ultrapassar (para pior) o acordo com a tróika… com mais cortes… e muita demagogia; a reacção das pessoas é fraca, tal o medo que têm de que a situação piore ainda mais, e tendo-lhes sido matraqueado meses a fio que esta é a única solução; e, de facto, também ainda não vêem qualquer outra credível fora deste quadro. (Quem está a falhar em ter alternativas que sejam, de facto, credíveis?)


• No programa de governo, paulatinamente, os serviços públicos (educação e saúde, nomeadamente) são confundidos com “serviços para o público” (que também podem ser prestados por privados), misturando-se numa mesma rede (de saúde ou de educação) os privados com os públicos; a seu tempo virão as soluções mais puramente liberais (quando os “negócios” se tornarem mais “apetitosos”!); cortes na taxa social única e plafonamentos das reformas do sector público destinam-se igualmente a empurrar para o sector privado a parte da segurança social mais rendável.


• No meu sector (ensino superior/investigação) – o sendo a ciência o único caso em que é elogiada no programa do governo a actuação dos anteriores (de facto, dos últimos 15 anos) – estão em preparação três medidas (mas não para já):


(i) Subir as propinas na universidade/politécnico… mas a constituição não permite – haverá que alterar, ou “contornar”… mas não é fácil; os alunos pagariam 40-50% em vez dos actuais 15% dos custos anuais (~4000€, dos mais baixos da Europa)


(ii) Depois da medida anterior, privatizar algumas instituições (começando pelas que são fundações públicas, mais ricas e rentáveis)


(iii) Ao longo do mandato, separar Universidades de Investigação de Universidades de Ensino (sobretudo), criando de facto Universidades de 1ª e 2ª categorias…


• E aqui, a questão que se pões é se, dentro de 4 anos, ainda reconheceremos entre nós o “estado social” que o “modelo social europeu” desenvolveu nas últimas décadas?


3. Qual a resposta Sindical (em Portugal e na Europa):


(i) Na primeira fase, grandes movimentações (em número… chegando aos 3 milhões em França)… e resultados obtidos quase totalmente nulos… pois nada se passou nos dias seguintes a essas lutas… (não houve a “agenda sindical do dia seguinte”, com os passos e os objectivos seguintes…)


(ii) Na segunda fase, mesmo já a capacidade de mobilização é muito mais diminuta (esgotaram-se algumas formas de luta, criando saturação… ao mesmo tempo que o “discurso oficial único” e o “medo” acabaram por ser aceites pelas pessoas…)


(iii) As movimentações não-sindicais (M12M, os “indignados”, etc. são um facto novo, uma forma de manifestação e/ou organização diferentes do que conhecíamos (e que se pode observar também nas manifestações recentes nos países árabes…)


(iv) Já fizemos o balanço de anos sucessivos de derrotas e da incapacidade de alterar a estratégia sindical?


(v) Nesta fase: vamos insistir simplesmente naquilo que já vimos falhar? Vamos gastar todas as energias duma vez… quando nos esperam 4 anos de governo (com condições que nunca a direita tivera)? Vamos continuar a desprezar (de facto) a solidariedade internacional, e mantermo-nos alheios ao movimento sindical internacional?


(vi) As lutas e a actividade sindical não podem quedar-se no activismo puro, sem uma alternativa de saída para os “dias seguintes”… que, mesmo pequena, restitua a esperança!


M. Pereira dos Santos
(2011.07.25)


Texto-resumo da intervenção que fiz no dia 20 de Julho no Conselho Nacional da CGTP, de que sou membro.

23 julho 2011

António José Seguro recebeu a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN


A Corrente Sindical Socialista da CGTP-N reuniu no passado dia 22 de Julho de 2011, pelas 11:30 horas, com o candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista António José Seguro.

Na reunião, realizada na sede do PS, a CSS da CGTP-IN teve oportunidade de entregar a António José Seguro uma resolução político sindical, " Combater a direita e afirmar os valores da esquerda democrática: uma missão para os sindicalistas socialistas", aprovada no Conselho Nacional de Coordenação da CSS da CGTP-IN a 02 de Julho de 2011.

Nesta reunião foram abordados vários assuntos relacionados com o mundo do trabalho.

A delegação da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN foi dirigida pelo seu Secretário-Geral, Carlos Trindade, e teve ainda a participação de Fernando Gomes, Manuel Pereira dos Santos, Filomena Ventura e Almerindo Rego.

Lembramos que a CSS da CGTP-IN não se posiciona sobre as candidaturas a Secretário-Geral do PS, mas os seus membros, individualmente, tem publicamente expressado o seu apoio tanto a António José Seguro como a Francisco Assis.


21 julho 2011

Grupo de Sindicalistas Socialistas da CGTP-IN apoia António José Seguro para Secretário-Geral do Partido Socialista


No momento difícil em que o país se encontra, que abre um novo ciclo político, tanto no país como no Partido Socialista, os militantes sindicais socialistas que actuam no âmbito da CGTP-IN não podem ficar sem se posicionar no processo eleitoral que decorre no Partido Socialista, porque nunca como hoje as escolhas que fizermos terão tanta importância para o nosso futuro colectivo.

Os militantes sindicais socialistas da CGTP-IN, que, no âmbito da sua actividade sindical, têm intervindo na defesa do estado social, por um serviço nacional de saúde com qualidade, pela educação pública, pela manutenção de um sistema público de segurança social e pela defesa dos direitos dos trabalhadores;

E que, no âmbito da sua actividade política, têm defendido uma maior participação dos militantes na vida do Partido, que o PS deveria estar mais próximo dos trabalhadores, que deveria haver um constante diálogo com os sindicatos, respeitando a sua independência e autonomia, e que se deveria incentivar e dinamizar o papel da “Tendência Sindical Socialista” do PS;

Que neste contexto se deveria promover um amplo debate sobre o mundo do trabalho, incentivando uma maior aproximação do PS aos locais de trabalho e aos trabalhadores.

Tendo em conta estes pressupostos, um grupo de sindicalistas socialistas da CGTP-IN, na impossibilidade de o fazerem todos e todas, e após apreciação da Moção Política de Orientação Nacional “O NOVO CICLO – PARA CUMPRIR PORTUGAL”, decidiram apoiar a candidatura de António José Seguro a Secretário-Geral do Partido Socialista, por ser quem está em melhores condições para transmitir ao país esperança e motivação que permita construir uma verdadeira alternativa política para Portugal.

De entre os muitos sindicalistas socialistas que, desde os locais de trabalho aos Sindicatos, Uniões Distritais e Federações, desenvolvem a sua actividade no âmbito da CGTP-IN, subscrevem esta posição:

Fernando Gomes
Secretariado e Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN
Coordenador da Comissão de Trabalhadores do Grupo Pestana Pousadas
Direcção do Sindicato de Hotelaria e Turismo do Sul

Maria Conceição Rodrigues Sousa
Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses
Direcção Regional de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Óscar Soares
Presidente do Conselho Fiscalizador da CGTP-IN
Conselho Nacional da FENPROF - Federação Nacional dos Professores
Direcção Central do SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa

Carlos Manuel da Silva Lopes
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações

Filomena Ventura
Conselho Nacional da CGTP-IN
Conselho Nacional da FENPROF - Federação Nacional dos Professores
Direcção Central do SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa

João Maria Mantinhas Maneta
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações
Membro da Assembleia Municipal de Arraiolos

José Carlos Dantas
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do SIFAP - Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos

José Joaquim Letras Pinheiro
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do Sindicato Professores Zona Sul
Direcção da União Sindicatos do Norte Alentejano - Portalegre

Luís Dupont
Conselho Nacional da CGTP-IN
Vice-Presidente da Direcção Nacional do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde

Manuel Joaquim Alves Gonçalves
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do Sindicato dos Funcionários Judiciais
Direcção da União dos Sindicatos de Braga

Manuel Pereira dos Santos
Conselho Nacional da CGTP-IN
Conselho Nacional da FENPROF - Federação Nacional dos Professores
Direcção Central do SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa

Ramiro Noro
Conselho Nacional da CGTP-IN
Direcção do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Ferroviário

Virgílio Saraiva de Matos
Conselho Nacional da CGTP-IN
Delegado Sindical do STAL - Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local

Almerindo Rego
Presidente da Direcção Nacional do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde

Carlos João Tomás
Presidente da Direcção do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis da Beira Alta, Guarda

Abel Amadeu Esteves Meireles
Dirigente do SITAVA – Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos

Joaquim Jorge Veiguinha
Direcção Central do SPGL - Sindicato dos Professores da Grande Lisboa

Jorge António Almeida Ramalho
Direcção do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações
Direcção da União Sindicatos do Distrito Évora
Presidente da Junta de Freguesia de São Marcos do Campo - Reguengos de Monsaraz

Augusto José de Urjais Gonçalves
Delegado Sindical do Sindicato dos Funcionários Judiciais

António Horta Morais
Activista Sindical

20 julho 2011

Carlos Trindade apoia Francisco Assis para Secretário-Geral do Partido Socialista


DECLARAÇÃO DE APOIO A FRANCISCO ASSIS

Eu apoio Francisco Assis porque acredito que, impulsionado com a força das ideias e sob a sua liderança como Secretário-Geral, o Partido Socialista mais fácil e rapidamente reconquistará a confiança das cidadãs e dos cidadãos como a alternativa ao actual Governo da direita.

Carlos Trindade

Lisboa, 6 de Julho de 2011



Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN reuniu hoje com Francisco Assis


A Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, reuniu hoje, 20 de Julho de 2011, pelas 16 horas, com o candidato a Secretário-Geral do PS, Francisco Assis, a quem entregou uma resolução político sindical, " Combater a direita e afirmar os valores da esquerda democrática: uma missão para os sindicalistas socialistas", aprovada no Conselho Nacional de Coordenação da CSS da CGTP-IN de 02 de Julho de 2011.

A delegação da CSS da CGTP-IN foi chefiada por Carlos Trindade - Secretário-Geral da Corrente, acompanhado por João Maneta, Virgílio Matos e Carlos da Silva Lopes.

Lembramos que a CSS da CGTP-IN não se posiciona sobre as candidaturas a Secretário-Geral do PS, mas os seus membros, individualmente, tem publicamente expressado o seu apoio tanto a António José Seguro como a Francisco Assis.

A CSS da CGTP-IN informa ainda que está pedida idêntica reunião à candidatura de António José Seguro.

Quanto à posição hoje entregue, reafirmamos as orientações definidas na resolução para a actividade a partir dos seus locais de militância sindical, social e política dos membros da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN que são as seguintes:

Como activistas sociais:

Combaterem a Direita liberal e conservadora que se prepara para destruir direitos laborais e sociais arduamente conquistados pelos trabalhadores, bem como reduzir drasticamente o papel do Estado na Sociedade, seja na economia seja nas funções sociais que deve desempenhar;


Como sindicalistas da CGTP-IN:

Continuarem a defender e a aplicar, em todos os campos da sua intervenção sindical, um Sindicalismo de Classe, Democrático, Independente, Autónomo e de Unidade e a continuarem a realizar um combate firme e sem tréguas ao sectarismo e ao radicalismo da corrente sindical do PCP na CGTP-IN, que fere os interesses da Classe Trabalhadora e o princípio de Unidade na CGTP-IN – e esta é a linha de intervenção da Corrente para o próximo Congresso confederal em Janeiro de 2012;


Como militantes do PS

Contribuírem, na esfera da sua intervenção política, para o fortalecimento do Partido Socialista e do seu combate político à Direita, para que, nesta nova fase política no nosso País, tenha uma participação empenhada, activa e determinante de forma a recuperar novamente a confiança da maioria dos cidadãos e cidadãs.



10 julho 2011

O logótipo da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN


Aprovado a 02 de Julho de 2011, o logótipo da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, passará a constar em todos os materiais editados pela CSS da CGTP-IN.


06 julho 2011

CGTP-IN apresenta Portal Web do Centro de Arquivo e Documentação


Amanhã, quinta-feira, 07 de Julho de 2011, pelas 17:30, na Torre do Tombo, vai realizar-se a sessão de apresentação do portal Web do Centro de Arquivo e Documentação da CGTP-IN, desenvolvido no âmbito do Projecto de Preservação, Organização e Valorização do Acervo Documental da CGTP-IN, onde serão apresentadas as duas bases de dados inseridas no Portal, a ICA-AtoM, para a descrição de documentos de Arquivo, e a base Koha, para a gestão de documentos bibliográficos.

Este projecto é coordenado pelo Fernando Gomes, responsável do Departamento de Cultura e Tempos Livres e do Centro de Arquivo e Documentação da CGTP-IN.

03 julho 2011

COMBATER A DIREITA E AFIRMAR OS VALORES DA ESQUERDA DEMOCRÁTICA: UMA MISSÃO PARA OS SINDICALISTAS SOCIALISTAS


RESOLUÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO POLITICO SINDICAL

COMBATER A DIREITA E AFIRMAR OS VALORES DA ESQUERDA DEMOCRÁTICA:
UMA MISSÃO PARA OS SINDICALISTAS SOCIALISTAS

A vitória da Direita, apesar do forte empenhamento do Partido Socialista, leva á aplicação de um Programa pior do que o da Tróica. É necessário combater o Governo da Direita e os sindicalistas socialistas vão estar na primeira linha!

A direita venceu as eleições de 5 de Junho e a constituição do Governo PSD/CDS e o respectivo Programa dá corpo ao projecto ultra liberal. Como, aliás, o próprio primeiro-ministro Pedro Passos Coelho não se cansa de afirmar, em todas as oportunidades, que quer governar para além dos compromissos assumidos com a Tróica!

Se as medidas incluídas na imposição que a Tróica fez ao Governo do Partido Socialista e aos partidos que assinaram o Memorando já de si eram extremamente preocupantes para o desenvolvimento, a manutenção do Estado Social e o bem-estar dos cidadãos, nalguns campos ultrapassando mesmo o limite extremo do que seria aceitável mas que, com vontade e equilíbrio político poderia ainda ser gerido, esta posição do Governo PSD-CDS indicia que, nos próximos tempos, Portugal vai conhecer uma governação da Direita liberal e conservadora em todas as esferas da actividade social.

O Programa do Governo PSD/CDS é ultra liberal e, aproveitando a crise financeira, económica e social, prevê que, entre outras medidas, que as funções sociais do Estado vão ser reduzidas, que os sistemas públicos de ensino, de segurança social e de saúde vão ser substancialmente diminuídos, que os salários vão ter um abaixamento e os direitos dos trabalhadores vão sofrer uma redução, que o investimento público vai ser restringido, que as privatizações vão chegar a importantes áreas (águas, REN, entre outras) e que, em geral, os trabalhadores e outras camadas populares mais fragilizadas vão sofrer as consequências da maior parte desta política da Direita liberal e conservadora, muito especialmente os desempregados e os reformados com reformas baixas. A recentíssima decisão sobre o imposto extraordinário sobre o Subsidio de Natal ilustra claramente a política liberal e conservadora que vai ser prosseguida pelo Governo.

A Direita alcançou, finalmente e após cerca de três dezenas de anos o sonho de Sá Carneiro – uma maioria; um Presidente e um Governo. Contudo, hoje os tempos são outros! Pedro Passos Coelho é um liberal assumido, ao contrário de Sá Carneiro que sempre assumiu ser um social-democrata, e, mais importante que tudo, a Direita hoje está unida á volta de um líder que, de Belém, orienta, de forma discreta mas com rédea firme, a sua acção política.

Por seu lado, o Partido Socialista empenhou-se denodadamente nesta importantíssima batalha eleitoral mas foi impossível inverter o sentimento popular de descontentamento com a sua governação. E o Partido Socialista perdeu as eleições! José Sócrates, ao demitir-se nessa mesma noite, assumiu o ónus da derrota e permitiu que o Partido Socialista possa, sem mágoas, enfrentar os próximos tempos. Estes, como tudo o indica, vão ser fortemente penalizadores e dolorosos para a imensa maioria dos cidadãos e, destes, os trabalhadores, que irão ser dos mais penalizados pela governação da Direita liberal e conservadora.

Perante esta situação, importa questionar: que lições para o futuro se poderão retirar?

Pensamos que existem cinco importantes lições que, enquanto sindicalistas socialistas, podemos retirar.
Primeiro, que um governo do Partido Socialista, em caso algum, pode fazer dos trabalhadores, dos beneficiários do sistema de protecção social (desempregados e outros cidadãos carenciados) e dos reformados com reformas baixas, os “pagadores” da crise e, por isso, não deve decidir políticas que reduzem os seus direitos;

Segundo, que o Estado Social exige um rigor exemplar das contas públicas e, dai, a necessidade da sua gestão transparente; um combate permanente e sem tréguas á fraude e á evasão fiscal; que o investimento público seja realizado com o máximo critério;

Terceiro, que a protecção e o desenvolvimento do Estado Social tem que ter um amplo apoio de uma base social mobilizada para defender o Governo – e, para isso, é fundamental a informação e o esclarecimento claro, permanente e atempado;

Quarto, que os instrumentos políticos para a efectivação destas linhas de acção política são dois: uma organização partidária operacional e com vida própria que suporta a acção governativa e faz circular a informação e uma forte implantação no movimento sindical que, com o seu posicionamento critico e reivindicativo, corrige essa mesma acção governativa;

Quinto, e finalmente, que a extrema-esquerda do PCP e do BE não capitalizaram absolutamente nada do descontentamento popular com a governação do Partido Socialista. Certamente que o facto de não terem reunido com a Tróica contribuiu para esse resultado. Em comparação com as eleições de 2009, o PCP perdeu cerca de 6.000 votos e o BE perdeu cerca de metade do seu eleitorado. Ou seja, politicamente, estes dois partidos viram a sua linha estratégica derrotada, ou seja, o povo não aceitou que tenham feito do PS o seu inimigo principal e, simultaneamente, terem branqueado o real perigo da direita! Os cidadãos e cidadãs estavam zangados com a governação do Partido Socialista – mas não confiaram na extrema-esquerda e, ou abstiveram-se, ou votaram nulo! E, como alternativa de governação, foram votar num dos partidos da direita.

E este facto é muito importante porque a oposição ao Governo da Direita vai ter que ser feita – mas tem que ser estruturada e dirigida politicamente pelo partido Socialista.

É neste contexto que a CSS/CGTP-IN considera:

1-           Que vai ser necessário dar combate firme às políticas da Direita liberal e conservadora que o Governo PSD/CDS vai desenvolver já que vai ultrapassar as próprias exigências da Tróica, sendo certo que esse combate deve afirmar os valores do Socialismo Democrático e vai ser simultânea e fundamentalmente político e social;

2-           Politicamente, o Partido Socialista deve dirigir este combate a partir da Assembleia da República, defendendo o primado da Justiça Social, o Estado Social, a melhor distribuição da riqueza e a ruptura com políticas neoliberais, fazendo alianças políticas e sociais com todas as organizações e individualidades que estiverem na disposição de se empenharem nesse combate;

3-           Socialmente, o Partido Socialista deve dinamizar e apoiar as acções que as forças sociais, e muito em particular, o movimento sindical, desenvolverem para combater o Governo da Direita e atribuir a este importante espaço de intervenção social mais atenção e preocupação, com total respeito pela autonomia sindical.

No plano do enfrentamento da Direita, tem que existir mais sindicalismo e menos agitação para alargar a participação e não pode haver derivas sectárias e radicais que estreitam a intervenção sindical. Este é o combate político sindical que tem que se realizar no interior da CGTP-IN de forma a salvaguardar a própria Confederação – a CGTP-IN e os seus sindicatos são construções colectivas dos trabalhadores e são fundamentais na luta contra a Direita e não podem ser a “corrente de transmissão” de nenhum partido, muito particularmente do PCP! É necessário TRABALHO, SALÁRIOS, DIREITOS, ESTADO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO em Portugal – e a CGTP-IN é fundamental neste combate contra a Direita! Mas, para o fazer, tem que representar os interesses reais da Classe Trabalhadora e não os interesses de um partido político, seja ele qual for, especialmente os do PCP – por isto, se tem que combater as dinâmicas de sectarismo e de radicalismo que os sindicalistas deste partido querem imprimir á actividade confederal!

A CSS/CGTP-IN, neste quadro altamente complexo, considera que o sectarismo e o radicalismo são perigos reais que existem actualmente na CGTP-IN. Os dirigentes e delegados sindicais da corrente sindical do PCP demonstraram recentemente, aquando do processo eleitoral de 5 de Junho, que são capazes de colocar em causa o princípio da Unidade, desde que seja para passar as mensagens políticas do seu partido.

E é nestes tempos tão conturbados que o Partido Socialista, para além da sua actividade política imediata, está também envolvido num processo interno democrático de eleição de um novo Secretário – geral e da preparação de um Congresso, que se realizará no próximo Setembro. A CSS/CGTP-IN naturalmente que não tem posição colectiva sobre este importante processo democrático, sem prejuízo das posições individuais de cada membro da Corrente. Neste plano, a CSS/CGTP-IN só deseja que, após a eleição do Secretário – geral e da realização do Congresso, o Partido Socialista esteja mais reforçado para a necessária intervenção política de forma a constituir, no futuro, a esperança de alternativa de Esquerda dos portugueses e portuguesas á actual governação da Direita.

Em síntese, CSS/CGTP-IN apela aos seus militantes e simpatizantes para se empenharem no desenvolvimento, a partir dos seus locais de militância sindical, social e política, das seguintes orientações:

  1. Combaterem a Direita liberal e conservadora que se prepara para destruir direitos laborais e sociais arduamente conquistados pelos trabalhadores, bem como reduzir drasticamente o papel do Estado na Sociedade, seja na economia seja nas funções sociais que deve desempenhar;
  2. Continuarem a defender e a aplicar, em todos os campos da sua intervenção sindical, um Sindicalismo de Classe, Democrático, Independente, Autónomo e de Unidade e a continuarem a realizar um combate firme e sem tréguas ao sectarismo e ao radicalismo da corrente sindical do PCP na CGTP-IN, que fere os interesses da Classe Trabalhadora e o princípio de Unidade na CGTP-IN – e esta é a linha de intervenção da Corrente para o próximo Congresso confederal em Janeiro;
  3. Contribuírem, na esfera da sua intervenção política, para o fortalecimento do Partido Socialista e do seu combate político á Direita, para que, nesta nova fase política no nosso País, tenha uma participação empenhada, activa e determinante de forma a recuperar novamente a confiança da maioria dos cidadãos e cidadãs.

Lisboa, 02 de Julho de 2011

O CNC – CONSELHO NACIONAL DE COORDENAÇÃO

02 julho 2011

Órgãos da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN reuniram a 02 de Julho de 2011


Reuniu hoje, 02 de Julho de 2011, o Conselho Nacional de Coordenação da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN em Lisboa, onde se discutiu a situação política e sindical actual, face aos resultados das últimas eleições legislativas, foi aprovada a resolução:

COMBATER A DIREITA E AFIRMAR OS VALORES DA ESQUERDA DEMOCRÁTICA:
UMA MISSÃO PARA OS SINDICALISTAS SOCIALISTAS

As orientações definidas na resolução para a actividade a partir dos seus locais de militância sindical, social e política dos membros da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN, são as seguintes:

Como activistas sociais:
Combaterem a Direita liberal e conservadora que se prepara para destruir direitos laborais e sociais arduamente conquistados pelos trabalhadores, bem como reduzir drasticamente o papel do Estado na Sociedade, seja na economia seja nas funções sociais que deve desempenhar;

Como sindicalistas da CGTP-IN:
Continuarem a defender e a aplicar, em todos os campos da sua intervenção sindical, um Sindicalismo de Classe, Democrático, Independente, Autónomo e de Unidade e a continuarem a realizar um combate firme e sem tréguas ao sectarismo e ao radicalismo da corrente sindical do PCP na CGTP-IN, que fere os interesses da Classe Trabalhadora e o princípio de Unidade na CGTP-IN – e esta é a linha de intervenção da Corrente para o próximo Congresso confederal em Janeiro de 2012;

Como militantes do PS:
Contribuírem, na esfera da sua intervenção política, para o fortalecimento do Partido Socialista e do seu combate político á Direita, para que, nesta nova fase política no nosso País, tenha uma participação empenhada, activa e determinante de forma a recuperar novamente a confiança da maioria dos cidadãos e cidadãs.


Que caminhos para sair da crise? Em defesa do modelo social europeu. Por uma resposta solidária à crise (3)

Intervenção de Fernando Gomes, em nome do Instituto Ruben Rolo, encerrando os trabalhos do Seminário Internacional "Que caminhos para sair da crise? Em defesa do modelo social europeu - por uma resposta solidária à crise".

 
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Que caminhos para sair da crise? Em defesa do modelo social europeu. Por uma resposta solidária à crise (2)


A excelente intervenção de Trevor Evans, da Berlin School of economics and law, no Seminário Internacional "Que caminhos para sair da crise? Em defesa do modelo social europeu - por uma resposta solidária à crise" que decorreu em Lisboa, a 1 de Julho de 2011, no Hotel Vip Zurique, organizado pela Fundação Friedrich Ebert e pelo Instituto Ruben Rolo.

O debate, após a intervenção de Trevor Evans, contou com a moderação de Fernanda Moreira, Presidente da Direcção do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos distritos de Aveiro e Coimbra.

Vídeo 1


Vídeo 2


Vídeo 3


Vídeo 4


Vídeo 5

Que caminhos para sair da crise? Em defesa do modelo social europeu. Por uma resposta solidária à crise (1)


Organizado pelo Instituto Ruben Rolo e pela Fundação Friedrich Ebert, teve lugar no dia 01 de Julho de 2011, no Hotel Zurique em Lisboa, o Seminário Internacional com o lema:
Que caminhos para sair da crise?
Em defesa do modelo social europeu. Por uma resposta solidária à crise.

A abertura do Seminário esteve a cargo de Carlos Trindade, Presidente do Instituto Ruben Rolo e Secretário-Geral da Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN e também de Reinhard Naumann da Fundação Friedrich Ebert.

A Intervenção de Carlos Trindade



Reinhard Naumann